Cartas para Tereza de Benguela
Revisitando a grandeza que somos
O espetáculo teatral navega nas águas da memória para resgatar e apresentar as raízes ancestrais da mulher negra.


"Nossa tarefa é nos curarmos. E como sobrevivemos e nos curamos?
Nos abraçando, cuidando bem de nós, tomando a palavra, reconstruindo livros,
documentando nossa história, falando, fazendo filmes…
Construindo, recuperando o que foi perdido, reavendo o que foi tomado.
Ou recompondo a história, que é uma história fragmentada. É isto que estamos fazendo.
É como fazer um filme com pequenos fragmentos de imagens.
E na diáspora temos todos estes pedaços fragmentados e estamos reunindo-os.
É assim que nos curamos."
Descolonizando o Conhecimento
Grada Kilomba, 2014
Tereza de Benguela
“Rainha Tereza”, como ficou conhecida em seu tempo, Tereza de Bneguela viveu na década de XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados.
Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 indígenas. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século.
Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.
No Brasil, 25 de julho é data para celebrar o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.







